Vandalismo em lixeiras já causou R$ 255 mil de prejuízo

Segundo o Demlurb, de janeiro a outubro deste ano 150 lixeiras sumiram ou foram quebradas e tiveram de ser repostas. Cada uma custa R$ 170

Cidade - 10/10/2010

Caminhando pelas ruas é fácil notar as lixeiras de cor laranja afixadas nos postes da via pública. Mas também é fácil perceber que nem todos os lugares, principalmente os
bairros, possuem a lixeira. Isso porque, segundo o Demlurb, o vandalismo é o principal responsável pela ausência dos receptores de lixo em diversos pontos do Centro e nas
periferias de Juiz de Fora. Segundo dados do Departamento de Limpeza, atualmente a
cidade possui cerca de 1.500 lixeiras. Só de janeiro a outubro deste ano, 750 lixeiras foram colocadas no Centro, em São Mateus, no Alto dos Passos e no Bom Pastor. Desse
total, cerca de 150 foram repostas ou substituídas no mesmo período.

Segundo o encarregado geral da varrição do Demlurb Fábio Tavares, as lixeiras só não são colocadas em todos os bairros, porque a população quebra ou tira. — Em uma semana eles quebram. Lembro que um morador do São Pedro solicitou e colocamos 15. Uma semana depois só restavam três. Muita gente também leva para sítios — destaca. No Centro, principalmente nas avenidas Rio Branco, Getúlio Vargas e Independência; e nas ruas Halfeld e Marechal Deodoro, onde as lixeiras respeitam com maior frequência o proporção de um poste sim e outro não, a incidência da quebra é mais visível. Não apenas a impossibilidade de a pessoa depositar o lixo, mas essa quebra também traz prejuízos ao município, visto que cada lixeira tem o custo de R$ 170.


Por exemplo, essa reposição de 150 lixeiras custou aos cofres públicos R$ 255 mil do início do ano até outubro. Esse prejuízo só aumenta, já que, segundo o Demlurb, cerca de seis lixeiras somem ou são quebradas por dia. A média não significa que a quantidade
seja quebrada todos os dias, visto que há dias em que nenhum recipiente é danificado ou furtado, conforme explicou a assessoria do Demlurb.

Casos pontuais fogem das substituições em massa e caem nas reposições por demanda. Pior do que o prejuízo, há a impunidade, já que, segundo a Polícia Militar (PM), é praticamente impossível identificar e punir uma pessoa que depreda o patrimônio público. Outro medo de Tavares recai em eventos que mobilizam grande público, como a micareta que está sendo realizada nesse final de semana em Juiz de Fora. No ano passado, durante este mesmo evento, 14 lixeiras foram quebradas na área da Cidade Alta.

Os recipientes, quando inutilizados, não são desperdiçados. A maioria é utilizada na
confecção de pás de plástico para os funcionários do Demlurb que fazem a varrição nas ruas. Em 2005, eram 2.800 lixeiras na cidade. Do total das 1.500 lixeiras atuais, apenas 24 bairros da cidade possuem unidades. Levando em consideração que o município possui aproximadamente 270 bairros, o percentual não representa nem 10%.

Solicitação

As solicitações para a instalação ou retirada de lixeiras pode ser feita através do telefone (32) 3690-3550. A pessoa deve fornecer o endereço e uma equipe da varrição irá analisar a demanda. O mesmo procedimento pode ser feito caso alguém veja uma lixeira quebrada. A rota da limpeza é feita diariamente por um caminhão, que possui trajeto determinado. O pedido de novas lixeiras demora, no máximo, três dias, caso seja viável a localidade. A limpeza das lixeiras é diária.