Cidade - 8/10/2010
http://www.jfhoje.com.br/2010/10/08/hamburguer-de-10-era-senha-de-bar-para-comprar-cocaina


Modo de operação
De acordo com Marinho, a senha para a compra do entorpecente era "hambúrguer de 10". Segundo ele, se a pessoa fosse pedir para comprar droga ou falasse outro código, a compra não era efetivada.
— No local não havia refrigerante, cerveja, sanduíche, nada. Nem mesas na parte de fora — explicou o investigador, acrescentando que esses deslizes foram responsáveis pela suspeita. Outros fatores relevantes são a forte segurança e os horários variados em que a lanchonete funcionava. — Uma porta com quatro trancas estava sempre fechada. Tivemos que pular o balcão.
Além da cocaína, foram apreendidos dois celulares, quantias diversas de dinheiro, muitas embalagens para a droga e tíquetes restaurante. O delegado Carlos Eduardo Santos Rodrigues, responsável pela operação, estimou que o estabelecimento funcionava há, pelo menos, um ano, de acordo com depoimentos de usuários.
Caso inusitado
Para Marinho, a situação é bastante inusitada e, em 15 dias, já é o segundo caso de tráfico de drogas em que os traficantes fogem do padrão natural.
— Essa é a quarta apreensão de drogas no Sudeste da cidade nesse período. Foram duas no Retiro, uma na Vila Ideal e essa no Vitorino — ilustrou.
O investigador argumentou que esse grau de inovação, de tão ridículo, passou despercebido a muitos olhares.
— Há 12 anos na polícia, não lembro de ter encontrado nada parecido. Não tinha um refrigerante sequer. As únicas coisas que tinham eram um freezer e uma chapa, que sempre estavam desligados.